Presidente e vice afirmaram nesta quarta que manterão relação institucional.
Encontro entre eles ocorreu após carta de Temer a Dilma gerar mal-estar.
Daniel Favero e Roniara CastilhosDo G1 RS e da TV Globo, em Brasília
Ao proferir uma palestra em Porto Alegre (RS) nesta quinta-feira (10), o vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou que "acertou os ponteiros" com a presidente Dilma Rousseff na reunião que os dois tiveram por cerca de uma hora nesta quarta (9), no terceiro andar Palácio do Planalto.
Após a reunião, Dilma e Temer disseram – ela em nota oficial e ele, em entrevista – que manterão, de agora em diante, uma relação "institucional".
Após a reunião, Dilma e Temer disseram – ela em nota oficial e ele, em entrevista – que manterão, de agora em diante, uma relação "institucional".
"Eu e a Dilma acertamos os ponteiros", disse o peemedebista em sua palestra nesta quinta na capital gaúcha.
Temer declarou também que, "se [a carta] fosse um instrumento político", ele faria "outra escrita, e não aquilo".
"Eu escrevi com o propósito que tem o bom brasileiro, de todos brasileiros. [...] Nos entendemos em relação aos destinos do país", acrescentou.
"Eu escrevi com o propósito que tem o bom brasileiro, de todos brasileiros. [...] Nos entendemos em relação aos destinos do país", acrescentou.
Enquanto Temer discursava, um grupo esperava vice do lado de fora do hotel once ocorria o evento com cartas em alusão à mensagem enviada por ele a Dilma.
O encontro da noite desta quarta foi o primeiro entre os dois após Temer enviar a Dilma, na última segunda (7), uma carta na qual abordou suposta desconfiança dela em relação a elee ao PMDB (leia aqui a íntegra). Naquele mesmo dia, em entrevista no Planalto, ela havia reforçado que não desconfia dele "nem um milímetro".
Na mensagem enviada a Dilma, o peemedebista elencou 11 razões para acreditar que a presidente não confia nele. O vazamento do conteúdo gerou mal-estar e houve repercussão política.
Após o encontro, os dois seguiram para as respectivas residências oficiais. Dilma se dirigiu ao Palácio da Alvorada e Temer, ao do Jaburu.
O vazamento da carta enviada pelo vice a DIlma gerou mal-estar na sede do governo. O vice queixou-se de que a mensagem, segundo ele de cunho pessoal, teria sido vazada pela presidente. Interlocutores de Dilma, no entanto, atribuíram o vazamento à Vice-presidência.
Em Brasília, a leitura foi que, com o comunicado, o vice-presidente sinalizou o rompimento dele com o governo. A mensagem gerou intensa repercussão política na capital federal.
O encontro da noite desta quarta foi o primeiro entre os dois após Temer enviar a Dilma, na última segunda (7), uma carta na qual abordou suposta desconfiança dela em relação a elee ao PMDB (leia aqui a íntegra). Naquele mesmo dia, em entrevista no Planalto, ela havia reforçado que não desconfia dele "nem um milímetro".
Na mensagem enviada a Dilma, o peemedebista elencou 11 razões para acreditar que a presidente não confia nele. O vazamento do conteúdo gerou mal-estar e houve repercussão política.
Após o encontro, os dois seguiram para as respectivas residências oficiais. Dilma se dirigiu ao Palácio da Alvorada e Temer, ao do Jaburu.
O vazamento da carta enviada pelo vice a DIlma gerou mal-estar na sede do governo. O vice queixou-se de que a mensagem, segundo ele de cunho pessoal, teria sido vazada pela presidente. Interlocutores de Dilma, no entanto, atribuíram o vazamento à Vice-presidência.
Em Brasília, a leitura foi que, com o comunicado, o vice-presidente sinalizou o rompimento dele com o governo. A mensagem gerou intensa repercussão política na capital federal.
Na tentativa de minimizar a crise política no palácio, o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, afirmou que "não existe razão para se apostar em rompimento" entre a presidente e o vice.
Conforme o Blog do Camarotti, contudo, o clima entre os interlocutores da presidente Dilma com a carta era de "grande indignação" e "contrariedade". Ainda segundo o blog, a mensagem do vice foi tida como um sinal de rompimento entre os dois.
Ao comentar o conteúdo da carta, o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), avalio que a mensagem teve cunho "pessoal de desabafo". Enquanto isso, o vice-líder do governo na Câmara, deputado Silvio Costa (PE), disse que a carta foi "inoportuna" e a classificou como "desserviço ao Brasil".
Reunião 'tranquila' e 'franca'
Nesta sexta, Ricardo Berzoini recebeu em seu gabinete no Palácio do Planalto 41 reitores de universidades e institutos federais. Ao falar sobre a reunião de Dilma e Temer, afirmou que a conversa entre eles foi "boa", "muito cordia", "tranquila" e "franca".
Para o ministro, é importante que a presidente e o vice possam manter relações "absolutamente transparentes" e com "total lealdade".
"Eu ouvi repercussões de pessoas próximas ao vice de que ele considerou a conversa boa. Não conversei com ele e não posso falar a opinião dele. Mas eu creio que foi uma reunião positiva, que mostra que eles estão dialogando e que têm consciência da responsabilidade, tanto dela como presidente e dele, como vice-presidente", declarou
.
Conforme o Blog do Camarotti, contudo, o clima entre os interlocutores da presidente Dilma com a carta era de "grande indignação" e "contrariedade". Ainda segundo o blog, a mensagem do vice foi tida como um sinal de rompimento entre os dois.
Ao comentar o conteúdo da carta, o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), avalio que a mensagem teve cunho "pessoal de desabafo". Enquanto isso, o vice-líder do governo na Câmara, deputado Silvio Costa (PE), disse que a carta foi "inoportuna" e a classificou como "desserviço ao Brasil".
Reunião 'tranquila' e 'franca'
Nesta sexta, Ricardo Berzoini recebeu em seu gabinete no Palácio do Planalto 41 reitores de universidades e institutos federais. Ao falar sobre a reunião de Dilma e Temer, afirmou que a conversa entre eles foi "boa", "muito cordia", "tranquila" e "franca".
Para o ministro, é importante que a presidente e o vice possam manter relações "absolutamente transparentes" e com "total lealdade".
"Eu ouvi repercussões de pessoas próximas ao vice de que ele considerou a conversa boa. Não conversei com ele e não posso falar a opinião dele. Mas eu creio que foi uma reunião positiva, que mostra que eles estão dialogando e que têm consciência da responsabilidade, tanto dela como presidente e dele, como vice-presidente", declarou
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