Registrado nascimento de bebê com microcefalia em hospital de Taguatinga-DF

A criança passou por exames e ainda não foi confirmada relação com o zika vírus; Hospital Anchieta notificou a Secretaria de Saúde

O Hospital Anchieta registrou, em Taguatinga, nesse domingo (6/12), o nascimento de um bebê com microcefalia. A criança, do sexo masculino, passou por exames e ainda não foi confirmada relação com o zika vírus.

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O hospital informou que o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Saúde do DF, já foi notificado.

Esse é o segundo caso de microcefalia no DF neste ano. Antes disso, uma gestante vinda do Maranhão e que vivia em Brasília havia dois meses deu à luz um bebê com microcefalia, em 4 de outubro. No fim de novembro, a Secretaria de Saúde ainda investigava o caso. Segundo a pasta, não há prova de que os casos registrados até o momento estão relacionados ao zika vírus. Desde 2006, o sistema de internações do GDF registrou 20 casos de crianças menores de um ano com microcefalia e quatro mortes relacionadas à doença.

Em julho, houve um crescimento no número de ocorrências da doença no Nordeste do Brasil e, por isso, os estados de outras regiões ficaram em situação de alerta para uma possível difusão do vírus. 

A terceira edição do informe epidemiológico sobre a doença informa que, de 1° de janeiro a 28 de novembro, foram notificados 1.248 ocorrências suspeitas de microcefalia em todo o país, identificados em 311 municípios de 14 unidades da federação.

Avanço rápido
O vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti — o mesmo da dengue e da chikungunya —, causa sintomas leves, como febre e manchas avermelhadas pelo corpo. O vírus, que antes só estava presente em partes do continente africano e na Polinésia Francesa (Ásia), chegou à América há menos de dois anos e atingiu nove países do continente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). 

O rápido avanço está registrado no alerta mundial para as infecções divulgado no último dia 1º. Ao todo, 22 países no mundo relataram casos da doença. O relatório informa também que, até fevereiro de 2014, não havia nenhum caso confirmado de infecção pelo vírus nas Américas. 

Não há vacina ou tratamento específico para o zika, e existe a suspeita de que a doença só pode ser adquirida uma vez, o que reduziria a circulação ano após ano.