quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Dilma exonera aliado de Cunha na Caixa

Jornal do Brasil
Há menos de seis meses os jornais lançaram luz sobre as articulações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para fazer de Fábio Ferreira Cleto, um aliado seu, o novo vice-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF). A história chegou ao fim nesta quinta-feira (10), com a publicação da exoneração de Cleto no "Diário Oficial da União".
Considerado forte aliado de Cunha, Fábio Cleto era responsável pela administração e operacionalização das loterias federais e dos fundos instituídos pelo governo federal. Nesta semana, Cleto, formado em administração de empresas pela FGV, foi reconduzido para representar a Caixa no comitê que avalia os investimentos do FI-FGTS (Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Reportagem de julho do "Estado de S.Paulo" mostrou a tentativa de Cunha de ampliar seus poderes sobre o bilionário fundo de investimentos que funciona como um "mini BNDES", aplicando recursos do trabalhador em infraestrutura, ao tentar emplacar Cleto na vice-presidência de Ativos de Terceiros da Caixa. Graças à aliança do Planalto com o PMDB, Cunha acabou se beneficiando.
Na época, os jornais também noticiaram que Cunha ameaçou colocar em votação um projeto contrário aos interesses do governo: a correção do FGTS, proposta assinada por Paulinho da Força (SDD) e Mendonça Filho (DEM), considerados grandes aliados do presidente da Câmara. A proposta era dobrar a correção do fundo de 3% ao ano para 6,17%.
O Planalto teria argumentado que a correção tornaria inviável a terceira etapa do Minha Casa, Minha Vida, já que os financiamentos com juros subsidiados ficariam mais caros. Nesta quinta (10), com a exoneração assinada pela presidente Dilma Rousseff, mais um elo que o Executivo tentou estabelecer com a Câmara de Eduardo Cunha foi rompido.
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